terça-feira, 27 de agosto de 2019
Ainda
Não tenho tempo
ou esperança
Mas já não tenho mais medo
Não sei quem sou
ou como encontrar a mim mesma
Mas isso já não me incomoda
Não sou livre
E não tenho paz
Mas ainda consigo lutar
Não me perdoei
E as lembranças me aprisionam
Mas ainda consigo sonhar
Minha mente permanece doente
E meu coração continua ferido
Mas agora já não dói
- Sheila Tinfel
27/08/2019
sábado, 24 de agosto de 2019
Os Desprezíveis Vermes
Minha mente é um completo caos,
e enquanto por fora meu rosto demonstra calmaria, e um sorriso suave; por
dentro estou agonizando. Por isso costumo frequentar um bar, próximo a minha
casa, e que felizmente fica em uma rua pouquíssimo movimentada. Lá eu me sinto
quase em paz, me distraio observando o ir e vir das pessoas, suas expressões e
trejeitos. Com elas me sinto alguém normal e um pouco menos solitária, pois nem
eu e nem os frequentadores daquele bar são bem ajustados nessa sociedade de
hipócritas. De certa maneira, somos como uma família.
Em uma tarde quente de verão,
eu como de costume fui até lá e me sentei em uma das mesas mais afastadas, e pedi
um drink. Quando levei o copo a boca, vi alguns jovens rapazes, vestidos de
preto, entrarem no bar e apesar de nunca os ter visto ali, em um primeiro
momento não suspeitei de nada, mas em seguida percebi que eles nos encaravam
com um olhar horripilante, pareciam estar enfurecidos. Por essa razão me
levantei da cadeira calmamente, tentei disfarçar o nervosismo, mas fiquei
pronta para o ataque. A maioria das pessoas que estavam ali também ficaram
alertas, porém não fomos páreos para eles.
Eu vi uma
a uma das pessoas que estavam nas mesas a frente da minha ser decapitado ou esfaqueado. Nenhum deles conseguira ser mais rápidos que os
extremistas que invadiram o bar. E quanto a mim? Bem... aconteceu tudo muito
rápido. Tentei pará-los, mas foi inútil. Na segunda tentativa de enfrentá-los
senti uma dor pungente na parte de trás da cabeça, e tudo a minha volta foi se
apagando até ficar completamente escuro. Quando dei por mim, estava suspensa em
cordas, muito perto da parede de uma casa ou seja lá o que aquela construção
era de fato. Apesar de ainda me sentir minha cabeça latejar e ver o mundo ao
meu redor girar, o perigo me deixou suficientemente acordada. Quando avistei os
rapazes de preto encapuzados vindo em minha direção, em um surto de adrenalina,
consegui me soltar das amarras e atacá-los. Um deles conseguiu acertar o meu
braço esquerdo com uma lâmina pontiaguda, mas naquele momento eu não sentia
dor, apenas raiva.
Então
assim que derrubei o primeiro deles, peguei um canivete de ponta dupla e uma
faca de açougue que estava com ele, em seguida esfaqueei todos, e quanto mais
ferimentos eu causava, mais eu queria feri-los. Minha roupa e meu rosto estavam
cobertos de sangue daqueles vermes. No momento que fiz menção de ir embora, vi
um deles vivo, aliás, o único que não estava de capuz. Supus que ele era o
líder do grupo de extremistas, e não haveria possibilidade de deixá-lo escapar.
Ele tentou fugir e se esconder, porém o alcancei antes que obtivesse êxito.
Sabe... aquele momento foi de certa maneira engraçado, porque ele me pediu
desculpas com os olhos marejados, mas as suas súplicas pareciam tão falsas.
Enfim, a questão é que eu cortei sua garganta com o canivete e perfurei o peito
dele com a faca.
- Minha cara jovem, você não quer que eu leve uma história
fantasiosa dessas a sério, não é mesmo?
- Oh, claro que não. Seria péssimo se o senhor achasse que
eu sinto prazer em matar! Mas enfim, estou com um pouco de pressa.
- E então... se era só isso que queria discutir comigo,
sinta-se à vontade para partir.
- Ah, claro! Mas antes disso... o senhor é o verdadeiro
líder daquele grupo infame não é mesmo? Gostaria de saber como prefere
morrer... deixaria tudo mais interessante!
- Eu... ah... isso... quero dizer, como?
- Digamos que eu sou boa em descobrir a verdade. Agora,
vamos ao que interessa! Pode ser essa faca, não é?!
...
Que ironia! Um verme se tornar comida para outros vermes!
- Sheila Tinfel
23/08/2019
Anseio Por Liberdade
Estou cansada
De ter que me esconder
De ser o que não sou
De ter medo
Estou exausta
De ansiar por liberdade
Mas estar presa dentro de mim mesma
Gostaria de poder amar livremente
De não precisar engolir com amargor a verdade
De poder viver sem amarras
E de não ter que me encaixar em um estúpido padrão inalcançável
- Sheila Tinfel
15/08/2019
sábado, 17 de agosto de 2019
No Passado: Medo, No Presente: Arrependimento
Tenho o mesmo sonho todas as
noites. Você se aproxima de mim, como se tivesse medo, mas depois me beija e
então desaparece. Por isso, acordo todas as manhãs lhe chamando, e como sempre,
é inútil.
Eu perdi muito tempo tentando
esquecê-la. Quanto mais eu negava que lhe amava, mais intensos se tornavam meus
sentimentos por você. Sei que sempre fujo de situações como essa, em que
preciso admitir que também sou capaz de amar. Embora pareça tolice, tenho medo
de me permitir sentir. É muito assustador caminhar as escuras, completamente
sem direção. Minha vida se baseia em utilizar a lógica para cada escolha que
preciso fazer, mas no amor, não tem como ter controle absoluto sobre nossas
ações e muitas vezes podemos nos machucar.
Gostaria
de poder ter lhe dito isso antes de você partir... talvez tenha pensado que eu
estava brincando com os seus sentimentos, mas na realidade, estava confusa e
perdida. Porém a inegável verdade é que eu te amo. Se pudesse pedir desculpas a
você, eu pediria, no entanto isso deixou de ser possível a tanto tempo... muitos
anos se passaram e ainda não sou capaz de seguir em frente. Ainda não tirei
minha aliança do dedo, e a sua que você deixou na mesa do meu escritório antes
de ir embora, guardei e a uso como um colar. Essa é a única coisa que ainda me
resta de você e do que vivemos, além das lembranças, que a cada ano que se
passa, ficam mais e mais apagadas.
Lembro da
última vez em que lhe vi, quando você estava no aeroporto, muito perto do
momento do voo. Estava linda, seus cabelos castanhos caídos por seus ombros, e
embora sorrisse eu sabia que não estava feliz, pois seus olhos estavam
marejados e quando tentei lhe abraçar, você se afastou. Me disse que seria mais
doloroso dessa forma, que a despedida precisava ser breve.
Me
arrependo tanto de não ter pedido para que você ficasse, ou pelo menos tê-la
abraçado de alguma maneira. Mal sabia eu, que jamais teria outra chance. Toda
vez que penso nisso sinto meu coração se despedaçar e agonizar. Naquela tarde
se eu tivesse lhe impedido de ir embora, você não teria entrado no avião e não
estaria morta agora... e eu, bem... eu não estaria aqui, em um cemitério,
falando sozinha, ajoelhada na grama, próxima a sua lápide. Se pudesse me ver, certamente
estaria rindo de mim agora! Diria que não se pode conversar com os mortos. E eu
sei disso, mas não consigo deixar de vir aqui. Talvez porque não sou capaz de
aceitar que lhe perdi para sempre.
- Sheila Tinfel
quinta-feira, 15 de agosto de 2019
A Pseudorealidade e Os Conservadores de Araque
Boa parte das pessoas estão aprisionadas em um delírio coletivo, no qual a insanidade, a hipocrisia, a violência e a irracionalidade tem ares de normalidade. A questão aqui é que a realidade deles afeta diretamente a nossa.
Nós estamos adoecendo com eles, porque é quase impossível manter a mente sã diante de tanta barbárie. Além disso, mentiras são espalhadas e em questão de segundos elas já estão sendo compartilhadas com inúmeras pessoas, as quais na grande maioria das vezes acreditam nessas falácias sem sentido e é a partir dessa situação que a realidade começa a ser desfeita em meio a um oceano de fantasias.
Portanto, a modernidade se tornou sinônimo de tudo que é antiquado e retrógrado, pois louva-se o regresso, as ideias arcaicas e ultrapassadas, e ao invés de dialogo, temos a violência como resposta para "solucionar" os conflitos e os problemas presentes em nossa sociedade.
Estamos todos desorientados pelo caos instituído e exaustos de lutar contra uma tempestade de ignobilidade.
Nós podemos estar confusos diante de tanto horror, mas ainda estamos de pé e assim permaneceremos, porque tudo passa e mesmo essa fase um dia se tornará apenas uma vergonhosa piada em nossa história.
Sabemos que hoje há boçais que idolatram um líder hipócrita, ignorante, fascista e bestial. Porém sabemos também que eles são apenas ovelhas que acreditam nas mentiras de um lobo em pele de cordeiro, e que estão cegos, alguns porque estão desesperados e perderam a esperança de um futuro melhor e viram no então líder uma vaga chance de ver as coisas melhorarem, outros porque sentiam a necessidade de fazer parte de algo, mesmo que nem pudessem dizer ao certo no que de fato acreditavam, mas há também os que não tem nenhuma desculpa, além do seu mau caráter, que enxergaram no nosso atual presidente e em suas ações, a oportunidade de ofender e perseguir as minorias sem embaraços, de poder ser ignorante e ainda ser vangloriado por isso.
Ah, esses falsos moralistas, conservadores de araque, que se dizem defensores da moral e dos bons costumes, não perdem por esperar, pois haverá um momento em que todos perceberão que eles não passam de embusteiros, adeptos do seguinte ditado popular " faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".
Oh, pobre povo brasileiro! Onde a verdade foi enterrada? Em que ponto do caminho nos perdemos para estar onde estamos? Quanto tempo vai demorar para que encontremos a direção certa, que nos levará para o século XXI outra vez, no qual as pessoas ainda buscavam ao menos ser civilizadas? Sinceramente, espero que não demore muito, pois estar presa na idade das trevas é no mínimo uma tortura.
- Sheila Tinfel
15/08/2019
sexta-feira, 9 de agosto de 2019
Estamos no Século XXI ou na Idade Média?!
Prezado leitor, eu venho
percebendo que o século XXI, embora tenha alcançado avanço tecnológico
extremamente avançado, tem sido muito turbulento e assustadoramente patético.
Pois, veja só, a maioria das pessoas tem vangloriado o retrocesso,
ridicularizado a ciência, voltaram a acreditar em Terra Plana e de quebra
rejeitam a vacina! Essa época será lembrada pelo louvor a burrice! Hoje em dia
ser inteligente é vergonhoso, por outro lado, ser burro é enobrecedor. Nunca
imaginei que chegaríamos a esse ponto...
No país
onde moro a insanidade já está instaurada e tende a piorar. Acredite ou não,
elegeram um homem que não consegue falar nem ao menos uma frase completa sem
cometer algum erro ou então mentir. Eles o adoram como a um deus, concordam com
tudo que diz e que faz, mesmo que sejam coisas absurdas, cruéis, ridículas e
irracionais. Esse homem chegou ao poder fazendo falsas promessas em sua
candidatura, pois afirmava que iria acabar com o comunismo! No entanto eu e
você, caro leitor, sabemos que na realidade ele está lutando contra seu próprio
delírio e que nem ao menos sabe do que se trata o comunismo.
É um momento extremamente
preocupante, pois os trabalhadores tem perdido seus direitos, professores,
artistas, jornalistas e as minorias em geral tem sido perseguidos, a taxa de
feminicídio aumentou e do desemprego também, o desmatamento da Amazônia tem
avançado de maneira ainda mais alarmante que anteriormente, o discurso de ódio
do então presidente tem validado e até mesmo inspirado atos de violência por
parte de seu eleitorado.
O
presidente do Brasil, embora se auto intitule patriota, não respeita nem mesmo
a constituição, além de bater continência para a bandeira de outro país. Pior
ainda, é que ele se diz cristão, mas promove a violência, apoia a ditadura e a
TORTURA! Fico imaginando que tipo de Bíblia ele lê, para acreditar que Jesus
Cristo concordaria com suas ações... ah, talvez seja porque nunca tenha lido!
Essa é a
época da contradição e da hipocrisia, em que há falsos moralistas, em que tem
que explicar para um cristão o que é ser cristão, e quem se diz patriota é na
verdade um enaltecedor dos Estados Unidos e que deprecia a cultura e a arte
nacional, além de ter pessoas nascidas em berço de ouro que defendem a
meritocracia em um país extremamente desigual!
Tem dias
aos quais chego a duvidar que as pessoas ainda tem humanidade dentro de si,
pois vejo homens matando e agredindo mulheres, além de assediá-las, vejo
pessoas usando a religião para justificar seu preconceito contra a
homossexualidade, mesmo sabendo que independente da orientação sexual, pessoas
são pessoas, ora! E ninguém deveria ser assassinado e desprezado, apenas por ser
quem verdadeiramente é.
Não sei
você caro leitor, mas eu sinto como se estivesse vivendo na Idade Média, porque
ao invés de buscarem o progresso, estão valorizando ideias arcaicas e
ultrapassadas. Quando é que esses estúpidos humanos aprenderão com seus erros?
A
ignorância é um perigo a democracia e ao progresso, porém a arte e o
conhecimento são a cura para tanta estupidez. Há luta, há resistência e a
vitória no final será de quem usa o cérebro e não a arma.
- Sheila Tinfel
08/08/2019
Uma Carta Sobre a Verdade
Quando eu tinha 18 anos de
idade e estava cursando o 2º semestre de jornalismo, houve uma mudança de
professores na disciplina de Teoria da Comunicação, pois o anterior havia se
aposentado, e foi então quando o novo professor começou a lecionar o inferno
começou.
Ele tinha aparência jovial, e
aparentava ter por volta de 30 anos de idade, seus cabelos eram ruivos e
rebeldes, seu corpo era esguio e a pele pálida. Sempre sorria, e costumava ser
simpático com as pessoas, no entanto ele não era tão afável quanto
transparecia. Descobri isso logo cedo, nas primeiras aulas dele em que assisti.
Não precisou muito para que eu pudesse perceber a sua verdadeira face, a
personalidade que ele tentava esconder por debaixo da sua máscara.
Oslaf era
o típico hipócrita e falso moralista, além de narcisista e autoritário. Ele
costumava fazer piadas machistas, falar coisas aleatórias que nada tinham a ver
com o assunto trabalhado, com intuito de constranger e humilhar as acadêmicas
em sala de aula, mas o ápice do absurdo, foi quando ele assediou uma de suas
alunas e embora levemos o caso aos superiores dele, no final não fez diferença,
porque a universidade apenas abafou o caso.
Toda as
suas aulas eram uma tortura psicológica. Ele perseguia os alunos discordassem
dele ou não o adulassem e eu era um de seus alvos. Mas sobrevivi aos 4 anos do
curso. Fiquei grata por não precisar mais vê-lo, porém o meu contento durou
apenas um ano, pois na mesma época em que consegui um emprego como redatora de
um jornal local da minha cidade natal, Oslaf começou a trabalhar como editor na
mesma empresa jornalística que eu.
Se eu não
precisasse daquele trabalho, teria me demitido assim que ele começou a
trabalhar lá. Mas como não tinha estabilidade financeira naquela época,
permaneci no emprego.
No início
era suportável, porque ele não me procurava muito, porém quanto mais o tempo
passava, mais irritante ele se tornava. Criticava todos os meus textos, mesmo
que não houvessem erros. Menosprezava meu trabalho, me ofendia e depois tentou
me persuadir a copular com ele, dizendo que se eu aceitasse, deixaria de me
importunar e como obviamente recusei todas as vezes, ele começou a me ameaçar.
Primeiramente dizia coisas como “ seria
melhor concordar ou faria da minha vida um inferno”, “que ele era amicíssimo do
dono do jornal e faria com que me demitissem”, mas depois a situação piorou,
pois ele tentou me beijar a força várias
vezes e inacreditavelmente teve o desplante de usar minha irmã, a única família
que tenho, para me chantagear. Esse foi o meu limite. Nunca deixaria que
fizesse mal a pessoa que mais me importo no mundo. Então, me demiti e como
havia economizado algum dinheiro, além do que recebi com a publicação recente
dos meus livros, abri uma editora.
Por meses
pensei que estava finalmente livre daquela situação angustiante, mas ele
descobriu onde eu morava e começou a vir me ameaçar novamente e mesmo com ordem
de restrição ele continuava vindo, muitas vezes bêbado. Eu havia cansado
daquela perseguição e acabei indo longe demais, admito.
Contratei
duas pessoas para sequestra-lo e trazer até a sala secreta da minha casa, que
era a prova de som, e que eu costumava usar para me isolar quando precisava de
inspiração. E enquanto ele ainda estava desacordado joguei gasolina por todo o
seu corpo, depois me certifiquei que ele estivesse bem preso as correntes.
Esperei até que acordasse e então lhe dei a última chance de se redimir, de
desistir de me perseguir, mas ele recusou e dizia aos berros que “preferia
morrer a se rebaixar para uma mulher”, “ que eu deveria aceitar meu lugar de
submissão ao homem”, e fiquei imaginando se aquele sujeito realmente era do
mesmo século que eu, pois tinha tantas ideias arcaicas e absurdas.
Sinceramente
cada palavra que saía da boca dele me provocava asco, ele por inteiro me
enojava, e estava cansada de ouvi-lo falar. Portanto acendi um fósforo e o
joguei em sua direção. Na mesma hora ele começou a gritar, me chamar de louca e
depois começou a implorar por ajuda. E a única resposta que ele obteve de mim,
foi: “se divirta no inferno, querido”. Depois disso permaneci em silêncio,
apreciando o momento, enquanto ele agonizava de dor. Quando o corpo dele se
desintegrou, resolvi escrever essa carta e deixar junto de seus ossos aqui
nessa sala, onde o queimei, para que saibam como ele morreu. Mas isso nem de
longe é um pedido de desculpas, até porque o mundo é um lugar melhor sem ele.
***
Quando
Lídia terminou de ler a carta, que havia encontrado na sala secreta da casa que
comprou em um leilão, que fora de sua escritora favorita, antes dela falecer de
velhice, ficou em choque e entrou em pânico quando percebeu que havia alguns
ossos no canto sala, junto de duas correntes.
- Sheila Tinfel
05/08/2019
domingo, 4 de agosto de 2019
O Imponente Astro
Oh Sol! Estrela brilhante
Que me aquece nos dias frios
E me alegra nos tristes
Oh Sol! Estrela gigante
Que traz luz onde há escuridão
E esperança onde há desalento
Oh Sol! Estrela radiante
Permaneça conosco
Não se vá
E não se esconda
Porque sem o seu calor
Os dias são tristes
Frios
E cinzentos
Oh Sol! Fonte de vida
E de felicidade
- Sheila Tinfel
03/08/2019
Minhas Personas
Sou uma pessoa muito estranha
Um caos em expansão
Uma tempestade de emoções e pensamentos
Metade de mim sente empatia pelas pessoas
e a outra metade as despreza
Parte de mim usa apenas a lógica
e a outra parte se utiliza das inconstantes emoções
Tem dias que observo o mundo e sinto-me esperançosa
Acredito que haverá épocas melhores
Que os humanos encontrarão a sabedoria
Porém há outros em que me sinto perdida
O mundo parece um lugar absurdamente cruel
E a vida um jogo demasiado cansativo
Há momentos que consigo compreender a verdade
Que encontro a felicidade
E outros em que a dor quase me enlouquece
A ponto de ser impossível distinguir a fantasia da
realidade
Não há equilíbrio
É como se existissem duas pessoas opostas uma da outra
dentro de mim
é difícil viver com as duas sempre em discordância
e por isso existe uma terceira que tem a árdua tarefa
de encontrar a harmonia no caos conflituoso
que impera no meu ser
-Sheila Tinfel
03/08/2019
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