Os ratos saíram de seus bueiros
De onde estavam escondidos
E agora vieram apropriar-se do poder
E manchar de sangue
mais uma vez a história
Os ratos já não se sentem
envergonhados de sua mediocridade
Já não se sentem sozinhos
Pois encontraram quem os represente
Esses ratos
Supostos conservadores
Defensores da família
e dos bons costumes
São na verdade apenas pérfidos
Cometendo perjúrio sem remorso
Tais ratos
Também se dizem patriotas
Mas renunciam tudo que é
Genuinamente brasileiro
São os mesmos ratos
Que se declaram cristãos
Porém não seguem os preceitos de Cristo
E todos eles se orgulham de seus princípios
Dos seus feitos a favor da moral
De todas as tolices que proferem
Mas nunca pararam para pensar
Do por que acreditam tão seguramente
Em tudo que seus líderes
dizem a eles
Por mais que esses ratos
Continuem lutando contra o progresso
E as mudanças
Nós continuaremos seguindo em frente
Pois, já dizia Cazuza
“O tempo não para”
Eles podem tentar frear
O avanço do conhecimento
O triunfo da verdade sobre seus delírios
E o fortalecimento das minorias
Mas no final não conseguirão
Porque as águas profundas do tempo
Os engoliram
E os levaram outra vez para o esgoto
A que pertencem
- Sheila Tinfel
04/10/2019
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