A névoa
A escuridão
As árvores
Algumas luzes
Pássaros cantando
Algumas vozes ao longe
Observo tudo
Estando lá
Mas minha mente
Projeta outro mundo
a partir do que vejo
A solidão nesse momento
É minha liberdade
Ali sou eu
A minha mais verídica personalidade
Ali meu olhar
E nem meu sorriso
Precisam esconder a dor
Ali as feridas abertas
Estão escancaradas
E as cicatrizes a vista
A alma sangra
O coração pulsa
forte e insistente
O pulmão absorve o oxigênio
Como nunca fez
Tudo se confunde
Realidade e fantasia
Razão e emoção
Sinto calmaria
E êxtase ao mesmo tempo
Dor e prazer
Pesar e felicidade
Ali, em paz
No meu limbo solitário
Onde tudo é e não é
Tudo foi, mas sem a certeza de realmente já ter sido
E tudo que será, não importa
Porque o presente,
Pela primeira vez
Tem minha atenção
por completo.
A única vez em que me deixei sentir
sem medo...
Medo da dor
De errar
De perder tempo
Sem receio
de ser eu mesma
-Sheila Tinfel
Nenhum comentário:
Postar um comentário