domingo, 28 de outubro de 2018

LIBERDADE!



Grite Liberdade!
Não desista
Não pare
Nunca!

Mesmo cansado
Continue a lutar!
Juntos somos fortes
Somos fortaleza
Contra a opressão!

A causa é justa
A luta é necessária
E o amor é nossa arma!

Ignore os hipócritas
Os falastrões
Os farsantes
Os ignorantes
Os medíocres
Os intolerantes

Seja resistência
Sei que a dor e o medo
Parecem insuportáveis
Mas você é Metal
Vidro blindado de empatia
e ESPERANÇA!

Mostremos o caminho
do conhecimento
e da sabedoria!
O caminho da igualdade
E da fraternidade!
Da justiça e da verdade!

Grite,
Vocifere: Liberdade!
LIBERDADE!

(Liberdade, liberdade!
Abra as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz)

-Sheila Tinfel


domingo, 21 de outubro de 2018

Limbo Solitário


A névoa
A escuridão
As árvores
Algumas luzes
Pássaros cantando
Algumas vozes ao longe

Observo tudo
Estando lá
Mas minha mente
Projeta outro mundo
a partir do que vejo

A solidão nesse momento
É minha liberdade
Ali sou eu
A minha mais verídica personalidade

Ali meu olhar
E nem meu sorriso
Precisam esconder a dor

Ali as feridas abertas
Estão escancaradas
E as cicatrizes a vista


A alma sangra
O coração pulsa
forte e insistente
O pulmão absorve o oxigênio
Como nunca fez

Tudo se confunde
Realidade e fantasia
Razão e emoção

Sinto calmaria
E êxtase ao mesmo tempo
Dor e prazer
Pesar e felicidade

Ali, em paz
No meu limbo solitário
Onde tudo é e não é
Tudo foi, mas sem a certeza de realmente já ter sido
E tudo que será, não importa
Porque o presente,
Pela primeira vez
Tem minha atenção
por completo.

A única vez em que me deixei sentir
sem medo...
Medo da dor
De errar
De perder tempo
Sem receio
de ser eu mesma

-Sheila Tinfel


Ainda...




Seus cabelos castanhos, dançando no ar, enquanto seu corpo gira acompanhando o ritmo da música, e o seu sorriso, completamente indescritível, porém, o mais lindo que já vi. E eu tão próximo a você, observando, e absorvendo cada detalhe daquele momento, como se fosse a última vez.
Eu ainda lembro daquela noite... as lembranças estão tão vivas em minha mente que posso sentir a nostalgia e a sensação de plenitude, daquele momento, simplesmente, porque eu estava com você. Sabe... sinto a sua falta e talvez a dor que sinto agora, não diminua com o passar do tempo, mas não me importo, porque pelo menos assim sempre poderei ter certeza de que o que vivemos foi real.
Quando fecho os olhos, ainda consigo sentir suas mãos tocando as minhas, o seu olhar penetrante, nos meus, e ver aquele seu sorriso encantador, quando se aproximava de mim, para me beijar. E toda vez que olho para o céu, sinto você comigo, como naquelas noites de Lua cheia, em que observávamos as estrelas, parecendo dois malucos, conversando, como se fantasia e realidade, não fossem em nada diferentes uma da outra. Talvez, porque não conhecíamos o limite entre sanidade e loucura. É bem possível, que eu ainda hoje, não conheça! No entanto, não tenho a mínima pretensão de conhecer. Porque é essa linha tênue, que há entre coisas completamente opostas, que nos unia, e de certa forma, continua nos unindo.
De qualquer maneira, essa é uma carta de despedida, que você nunca vai ler. Resolvi escrevê-la mais porque preciso de um ponto final, para aceitar o fim do que fomos e vivemos, do que para você realmente a ler. Até porque, como o faria? Mortos não leem cartas, muito menos as que são escritas por um maluco, que não compreende a morte, aliás quem a compreende?! Mas, enfim, gostaria de dizer, ou melhor, escrever apenas mais algumas palavras, ou seriam lembranças?
Lembro da última vez que ouvi sua voz, e você não disse que me amava, na verdade sussurrou no meu ouvido que a minha jornada apenas havia começado, mesmo que sem você comigo. Lembro também, do seu último sorriso, quando segurei sua mão. Depois disso, sei que seu coração parou de bater e o oxigênio já não era absorvido por seus pulmões. E então aconteceu o inverso comigo, meu coração batia tão forte, que parecia que sairia do peito, e meus olhos húmidos, viam o desespero de maneira tão viva, que não conseguiam parar de derramar lágrimas. Mas como os seus, os meus pulmões pareciam inúteis, porque não importava o quanto eu tentasse respirar, nada era suficiente para que aquela sensação asfixiante e dolorosa de perda, fosse embora. E apesar de sentir essa mesma sensação todos os dias, a frequência disso tem diminuído. No final dessa história, a única coisa que importa é que ainda amo você.

-Sheila Tinfel

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Você NÃO é Objeto, NÃO é Posse

A maquiagem esconde o roxo, mas não ameniza a dor.
As flores, que ele te deu para se sentir menos culpado, pela briga de ontem, não apaga as feridas abertas na sua alma.
As desculpas que ele lhe pede, não faz com que suas lágrimas cessem, muito menos com que seu peito pare de sangrar.
As falsas promessas dele, de que vai mudar, não lhe dão esperança o suficiente para continuar onde está.
Porque, você sabe...
Amanhã , ele vai ficar nervoso outra vez, e esquecer que prometeu lhe amar.
Mais um tapa?
Soco?
Chute?
Ofensas?
E depois?
(...)
Uma faca?
Ele, lhe mata lentamente, todos os dias, a torturando, com ameaças e agressões. E quando você estiver cansada de lutar, talvez seja tarde demais. E ele lhe dê o golpe final. Com inúmeras facadas, ou talvez um tiro?
Seja como for, você não merece isso.


quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Hipocrisia



Ilusões?
São doces,não são?
A verdade costuma doer
Perfurar o peito
até ele sangrar.

É mais confortável se enganar, não é?
Esconder seu verdadeiro eu, dos outros
Porque assim, ninguém vai lhe julgar
Bater e matar.

É uma grande tortura
Se afastar de coisas que ama
Para salvar o pouco
que restou de você mesmo, não é?

Ou então quando
Esconde a dor em seu olhar
Com um patético sorriso,
suficiente para que acreditem
que as palavras proferidas por eles não machucam,
Não ofendem.
Quando na realidade
Te matam pouco a pouco
TODOS OS DIAS!

Hipócritas!
Dizem amar,
Mas,
Ferem
Violentam
Batem
Ofendem
Os que não se adequam a seus fantasiosos padrões.

Hipócritas!
Dizem que amam
Mas nunca amaram ninguém
A não ser, a si próprios.

Hipócritas!
Dizem lutar pela verdade
Mas mentem para si mesmos
De que os fins justificam os meios!

Hipócritas!
Dizem defender a vida
Mas nos matam
Todos os dias.

Hipócritas!
Se dizem humanos,
Mas esqueceram a sua humanidade
Nas profundezas da escuridão.

Hipócritas!
Não são nada mais que farsantes
Iludidos,
Pelo próprio fanatismo.

-Sheila Tinfel

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