sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Prisões emocionais

 

O medo é paralisante. Por isso desistimos de dar o primeiro passo e assim continuamos presos em um looping caótico de dor, engolida sem água, que desce rasgando a garganta.

É preciso ter força e sair para encontrar a luz. Se dopar de remédio torna a vida suportável, mas não feliz e nem real. Você existe, mas não vive.

É engraçado como nos acostumamos a sermos tratados de maneira cruel... Mais surpreendente ainda é como ficamos presos em tal vida, sem saber como escapar. Somente quando outras pessoas nos mostram diferentes possibilidades, é que percebemos que não é normal ser chantageado emocionalmente, ferido e agredido psicologicamente todos os dias.

            Quando somos crianças costumamos ter medo do bicho-papão. Quando adultos, alguns de nós continua temendo tal monstro, porque descobrimos que ele é real. Porém, acabamos acostumando a conviver com tal medo, até amamos o monstro, porque não sabemos o que realmente é amor. Crescemos aprendendo que tem que fazer de tudo para merecer ser amado, mesmo que no processo você saia despedaçado, e perca boa parte da vida tentando alcançar um amor que jamais lhe será dado.

            Não é errado desistir daquilo que lhe sufoca, machuca e mata (com doses diárias de agressão – independente de que forma seja). E isso serve para qualquer tipo de relação de afeto. Você precisa ter uma vida, paz e saúde. Às vezes é preciso se priorizar. Não podemos mudar o passado, nem apagar os traumas e as cicatrizes, mas o futuro ainda será escrito. Já imaginou o quão esplendoroso seria viver de verdade?

- Sheila Tinfel

29/12/2023

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