O medo é paralisante. Por isso desistimos de dar o primeiro passo e assim continuamos presos em um
looping caótico de dor, engolida sem água, que desce rasgando a garganta.
É preciso ter força e sair para
encontrar a luz. Se dopar de remédio torna a vida suportável, mas não feliz e
nem real. Você existe, mas não vive.
É engraçado como nos acostumamos
a sermos tratados de maneira cruel... Mais surpreendente ainda é como ficamos
presos em tal vida, sem saber como escapar. Somente quando outras pessoas nos
mostram diferentes possibilidades, é que percebemos que não é normal ser
chantageado emocionalmente, ferido e agredido psicologicamente todos os dias.
Quando
somos crianças costumamos ter medo do bicho-papão. Quando adultos, alguns de nós
continua temendo tal monstro, porque descobrimos que ele é real. Porém,
acabamos acostumando a conviver com tal medo, até amamos o monstro, porque não
sabemos o que realmente é amor. Crescemos aprendendo que tem que fazer de tudo
para merecer ser amado, mesmo que no processo você saia despedaçado, e perca
boa parte da vida tentando alcançar um amor que jamais lhe será dado.
Não é
errado desistir daquilo que lhe sufoca, machuca e mata (com doses diárias de agressão
– independente de que forma seja). E isso serve para qualquer tipo de relação
de afeto. Você precisa ter uma vida, paz e saúde. Às vezes é preciso se
priorizar. Não podemos mudar o passado, nem apagar os traumas e as cicatrizes,
mas o futuro ainda será escrito. Já imaginou o quão esplendoroso seria viver de verdade?
- Sheila Tinfel
29/12/2023
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